Animais silvestres e exóticos precisam de cuidados especiais

Animais ‘não convencionais’ têm se tornado cada vez mais comuns em ambientes domésticos. Porém, é importante saber o comportamento de cada espécie antes de levá-la para dentro de casa.

Você já pensou em adquirir um animal silvestre ou exótico? No Brasil, é possível adquirir um em estabelecimentos ou através de criadores autorizados pela Secretaria do Meio Ambiente. No entanto, embora pareça divertido ter um bichinho diferente, como um réptil, um roedor, ou até uma ave, a decisão requer responsabilidade, pois eles demandam cuidados diferenciados.
No Brasil, existem algumas espécies de animais que a pessoa pode ter em casa e não precisa ter documentação como, por exemplo, uma calopsita, que é considerada um animal exótico, ou seja, de outro país. Por outro lado, os animais silvestres, que são aqueles nativos da fauna brasileira, precisam ser legalizados”, explica.
No caso de animais silvestres, é necessário que o tutor tenha uma documentação comprovando que aquele animal é registrado. Caso contrário, possuir uma espécie nativa brasileira sem a devida autorização pode ser considerado crime ambiental.

Antes de adotar

Diferentemente de cuidar de um cachorrinho ou um gatinho, os animais silvestres e exóticos possuem características muitos individuais de cada espécie, exigindo uma pesquisa aprofundada sobre os diferentes hábitos e necessidades do animal é
essencial. Não adianta a pessoa querer ter um animal ‘diferente’ se ela não sabe o que ele come e o ambiente onde vive. Tudo isso precisa ser levado em conta, precisa ser pesquisado. Essa pesquisa, inclusive, pode ajudar na expectativa de vida do animal, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e também evitar doenças.

E se ficar doente?

Uma das dúvidas mais comuns entre as pessoas que têm animais silvestres e exóticos é a respeito do que fazer quando o bichinho fica doente. Um veterinário especializado neste tipo de animal poderá chegar a um diagnóstico mais preciso.
São espécies muito diferentes, muito distintas. Por isso, é preciso de um profissional especializado para que essa individualidade seja tratada da maneira correta. Um médico especializado nas espécies em questão pode administrar melhores tratamentos, assim como dar diagnósticos mais precisos. Quase tudo é diferente. As doses dos medicamentos, a forma e administração desses medicamentos e também a fisiologia de cada espécie.
No entanto, caso não haja acesso a um profissional especializado, é melhor que o dono leve o animal em um veterinário “de cão e gato” para que ele receba atendimento.

Relação com humanos

Para perceber os sinais que o animal demonstra quando não está se sentindo bem, é preciso conhecê-lo bem. Mas, a relação de algumas espécies com seres humanos é um pouco mais lenta e complicada. No caso dos porquinhos-da-índia, animais também considerados exóticos, pois são originários da região dos Andes, a relação com o dono pode demorar até anos para se desenvolver.
Por isso, a importância de não ultrapassar os limites de um animal silvestre ou exótico, já que não são espécies acostumadas com a presença humana. Animais silvestres e exóticos não são tão ‘apegados’, por assim dizer. Algumas espécies podem se sentir mais seguras sem a presença de uma pessoa. Por isso, é necessário ter muito cuidado na hora de interagir.

Fonte: G1